quarta-feira, 11 de julho de 2018

No último feriado Municipal de Montalegre




BARROSO da FONTE - Noticias de Barroso


No último feriado Municipal de Montalegre, em 9 de Junho, falou-se muito, investiu-se bastante e iniciou-se um ciclo de opulência anual que o orçamento municipal, terá dificuldades em cumprir por muitos anos.
 Na última colaboração que assinei neste Jornal intitulei cinco pequenas notícias num título abrangente que talvez pudesse servir de reflexão para todos os Barrosões. Questionei por que «tanto dinheiro para tão pouca obra», referindo-me aos anunciados 93 milhões de euros para gastar até 2020, numa mina a céu aberto, num terreno de Covas de Barroso, para extração do lítio.
Confesso a minha ignorância ao falar de um mineral que, pelos vistos, é abundante nas terras que pisamos, que às vezes, tão mal tratamos e que – afinal – os australianos, tanto valorizam.


As contrapartidas consistem em extrair 175 mil toneladas por ano, de um produto que desconhecemos, mas que temos de aceitar, pela simples troca de 150 empregos diretos.
Pelo que as notícias permitem fazer crer, a Região de Barroso (Montalegre e Boticas), tem um subsolo abundante e rico, que facilmente, alguns dos nossos gestores públicos, aceitam trocar, em nosso nome, por umas cascas de alho. Já nos nossos dias, ou bem perto da nossa geração, tivemos as Minas da Borralha, de Rebordelo, de Carvalhais e outras. Que lucraram com elas os naturais dessas terras? Do mesmo modo os proprietários dos terrenos cobertos pelas barragens? E aqueles cujos sopés de cimento, como nos postes das luzes, dos telefones e das eólicas continuam – e, cada vez, em maior escala – a invadir os terrenos que nos pertencem por herança, compra ou simples troca?
Quando se produzem leis que defendam o «POVO» que «aceita estas e outras patifarias, com fé de procissão»?

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Uma ideia peregrina