Mário Esteves, capitão de equipa do Desportivo de Chaves, acompanhado de ilustre e bela dama, num jogo com o Ourensana, por ocasião do Lázaro, vendo-se ao fundo o Gualter.Fotografia Rizo propiedade de Mário Esteves - Direitos Reservados - in blogue Chaves olhares da cidade
BARROSO da FONTE |
Na última edição da voz de Chaves, o
habitual colaborador Sebastião Imaginário fez um apelo aos flavienses e
simpatizantes do Grupo Desportivo, para terem paciência até ao fim do
campeonato, porque já «poucas dúvidas existirão» quanto à subida à primeira
liga. Tal feito é mais do que justo porque já na época anterior, estivemos com
um pé nessa liga e, só um infortúnio de última hora, negou a concretização
desse justo triunfo. Na presente temporada o GD de Chaves, o clube mais
representativo de Trás-os-Montes e Alto Douro, andou sempre no primeiro lugar
da subida, revelando-se o clube mais regular, mais qualificado e mais merecedor
de ser promovido. Não pelas arbitragens ou fatores exteriores ao futebol, mas graças ao
treinador que vai ficar na história pelo maior número de equipas que promoveu à
I liga, ao público Flaviense e à Direção que nos últimos anos tem feito um
trabalho que deve ser, publicamente, reconhecido.
Como sportinguista, Flaviense e Montalegrense veria chegada a hora de me
sentir honrado na modalidade mais popular. Em cada uma das provas da I e II ligas e na distrital. Eu que sendo um
leigo primário no futebol, tive a honra de formar a direção que levou o
Desportivo de Chaves da III à II divisão, pela primeira vez na sua História de
56 anos. Esse feito foi na época de 1972/73. Foi uma época histórica porque
ganhámos o campeonato nacional da III divisão. E, por compadrio federativo da
época, o Desportivo viu-se desclassificado por corrupção primário do Lourosa e
Valpaços, conforme o livro que publiquei em 2014 e se chamou: «Da Humilhação à
Glória». Fui, nessa época, o único cidadão processado pela FPF, pelo que
escrevi na imprensa contra aquele organismo federativo. E, já depois disso, voltei
a ser processado pelo árbitro Armando Paraty, (que foi sepultado no dia em que
escrevo esta nota), pelos «roubos» descarados num jogo entre o Desportivo e o
Boavista. Tenho, pois, boas razões para gostar do GDC e ter escrito a letra do
Hino do Clube, no ano em que fez bodas
de prata (1974). Essa letra teve e tem Música do saudoso Carlos Pereira.
Inicialmente foi cantada pelo «Bio». E, mais tarde, interpretada pela Ágata,
com edição da empresa à qual ela sempre esteve ligada.
Sucedeu que a par da sua boa intenção (que
louvo e agradeço), cometeu a discográfica, um erro grave: «onde escreveu letra
e música populares», deveria ter escrito: «Música de Carlos Pereira, letra de
Barroso da Fonte, cantadas por Ágata». Não teriam os autores exigido direitos de
autor, revertendo esses direitos a favor do Grupo Desportivo de Chaves.
Pessoalmente, depois de um ano inteiro de preocupações, de despesas e de tempo
gasto, seria o meu contributo para sempre ao clube pelo qual me apaixonei e
ainda sofro quando perde. Quando fui vereador do Desporto, em Guimarães e o
Chaves jogava com o Vitória de Guimarães, em pleno Estádio Municipal que eu
representava, batia palmas ao Chaves, fato que me mereceu algumas inimizades.
Este ano sonhei que o Sporting, o Chaves e o Montalegre, me retribuíam
com o mérito de vencedores das 3 classes. Para já só o Montalegre me deu esse
prazer. Espero que no jogo com o Portimonense o Desportivo, ao qual mais me
dediquei, me retribua esse preito, subindo de Liga. A sua subida terá a
contrapartida de entre o Sporting e o Chaves, preferir, enquanto
primo-divisionário, o representante Transmontano.
É
com esta satisfação incompleta que escrevo este oportuno desabafo, através do
qual solicito ao aos atuais e futuros
jornalistas que, quando usarem as quadras do Hino, como aconteceu na edição de
29 de Abril de A Voz de Chaves respeitem o que eu escrevi e não aquilo que
aparece na voz de Ágata. Nas 2 quadras que de boa fé transcreveu há dois
erros: no 3ª e 5º versos.
Vejam-se:
Vamos, rapazes, ganhar
com o calor desta malta
o jogo que pode dar
a vitória que nos falta
Somos de Chaves e unidos,
como valentes serranos,
jamais seremos vencidos,
porque somos transmontanos.
Barroso da Fonte
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