segunda-feira, 2 de maio de 2016

história incompleta...


Lá no alto da serra, havia em tempos, uma casa (Se casa se poderia chamar!) uma família composta de casal e dois filhos e sendo uma menina e um varão. A mãe chamava-se Maria e o pai, Januário, o varão Miguel e a irmã Janina.
Não havia crianças para brincar e somente a um quilómetro de distância se verificavam uns amigos que usavam socos, que os vendiam em barracas ao ar livre, assim como produtos agrícolas.
No cimo do monte havia uma cavidade estreita onde os proprietários contavam com as laterais e após alisarem as paredes com muros para a água não entrar.
Por cima puseram toros de madeira atravessados, cobertos a colmo. Era o que se usava em tempos longínquos.
Demorou a construírem-se caminhos e a falta de civilização circundava vários lugares e, ainda hoje há lugares sem que lamentavelmente não existam, embora os políticos por hábito façam crer, que irão fazer alguma coisa mais e não o fazem. O progresso nasce por si e pela vontade dos povos!
Todavia, demora séculos por vezes para as povoações progredirem devido ao desinteresse de algumas populações.
Assim, começam por casais, aldeias, vilas e cidades por maior ou menor dimensão!
A “casa que havia sido construída” no cimo do monte, começando pelo aproveitamento das paredes que foram alisadas.
Como já se disse era um monte descontínuo e já tinha a abertura para um determinado ponto.
Sucede que a família que lá vivia, viu-se em embaraços, devido às fortes ventanias, e em seguida por uma abertura que se abriu no solo e aconteceu desse buraco que alargasse, sair uma forte corrente de água, que tudo levou à sua frente, criando primeiro a uma distancia de 150 metros uma grande lagoa, que se dividiu em várias correntes em várias correntes e saindo e sendo afluente de alguns pequenos riachos que foram desaguar em alguns rios e ribeiros com a água seguindo em catadupas.
Assim, esta pobre família foi escorraçada, por um fenómeno inesperado, deslocando-se, não se sabe para onde!
As gentes dos arredores e não só, vieram dos diversos lugares por verem algo que jamais imaginariam, incluindo de terras do outro lado do mundo, que jamais imaginaria.
O lugar passou a ser como “lugar de Nossa Senhora dos Milagres”, onde, ora, vão milhares de pessoas, ao que dizem. Apesar disso, as pessoas são atraídas pela beleza espetacular do local e não com intenção de lá se radicarem.
Assim, ficou em lugar paradisíaco que espera nada vir a acontecer ficando única e simplesmente uma beleza extraordinária e paradisíaca.
A única família que se vê à distância é a de Maria e Januário, e os filhos, Miguel e Janina ...

Sílvio Teixeira
Lar Imaculada Conceição
Lordelo
Telem. 962628074 

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Uma ideia peregrina