terça-feira, 26 de abril de 2016

Para zelar por nós


Por: Costa Pereira - Portugal, minha terra

Eu creio que a resposta foi bem dada: “ Não recebemos lições de ninguém sobre consensos”, respondeu com razão, o líder da bancada do PSD, Luis Montenegro, aos jornalistas no final da sessão solene das comemorações do 25 de Abril. Concordando com o apelo do Sr. Presidente da Republica aos consensos partidários, no entanto ninguém informado da forma como o actual governo chegou ao poder, deixará de dar razão ao governo derrubado quanto a esta posição. Além de sabido que durante o tempo em que o PSD/CDS foi governo também pediu esse consenso aos partidos da oposição e não o conseguiu. Foi mais uma jornada de festa a recordar um evento ocorrido a 42 anos. Já falei dele e gastei muita tinta e papel, agora uso mais a internet, para poupar tinta… Dos meus heróis relacionado com o histórico acontecimento, muitos deles já partiram…., outros perdi-lhe o rasto. Um Jaime Neves e um Salgueiro Maia; e dos que a morte ainda não venceu, incluo um Manuel Monge e um Franco Charais, militares que sempre considerei. Nestas cerimónias que pecam por demasiado folclóricas gostei da promessa feita pelo Sr. Presidente da Republica, em Santarém, de condecorar, a titulo póstumo, Salgueiro Maia, com  O Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique. Neste não é banalizar as comendas, que se devem atribuir ao mérito de quem presta serviços relevantes à nação. Dos 42 anos do 25  de Abril,  bem gostava  de poder dizer melhor, mas sem mais retórica fico-me pela opinião de Inês Cardoso, e basta-me para encerrar a jornada: “Cerca de 4,5 milhões de portugueses nasceram - nascemos - depois da madrugada em que emergimos da noite e do silêncio. Mas continuamos à espera de dias inteiros e limpos. Sem memórias vividas de um dia 25 longo e frenético. Mas, pior, nem sempre despertos para uma liberdade eternamente incompleta. Enquanto mais de um quinto dos portugueses viver no limiar da pobreza. O desemprego atingir 622 mil pessoas e milhares de outras mantiverem vínculos laborais precários, desempenhando funções que não são devidamente remuneradas. Enquanto as ruas estiverem habitadas por gente sem rosto, sem abrigo e sem futuro. Ou o acesso à educação for diferenciado e limitado por razões financeira”. O mais que se passou neste 25 de Abril de 2016 foi:  cada um opinar e fazer crer aos fieis seguidores que podem estar sossegados que lá os temos para zelar por nós….

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma ideia peregrina