Por: Costa Pereira - Portugal, minha terra
Eu creio que a resposta foi bem dada: “
Não recebemos lições de ninguém sobre consensos”, respondeu com razão, o líder
da bancada do PSD, Luis Montenegro, aos jornalistas no final da sessão solene
das comemorações do 25 de Abril. Concordando com o apelo do Sr. Presidente da
Republica aos consensos partidários, no entanto ninguém informado da forma como
o actual governo chegou ao poder, deixará de dar razão ao governo derrubado
quanto a esta posição. Além de sabido que durante o tempo em que o PSD/CDS foi governo
também pediu esse consenso aos partidos da oposição e não o conseguiu. Foi mais
uma jornada de festa a recordar um evento ocorrido a 42 anos. Já falei dele e
gastei muita tinta e papel, agora uso mais a internet, para poupar tinta… Dos
meus heróis relacionado com o histórico acontecimento, muitos deles já
partiram…., outros perdi-lhe o rasto. Um Jaime Neves e um Salgueiro Maia; e dos
que a morte ainda não venceu, incluo um Manuel Monge e um Franco Charais,
militares que sempre considerei. Nestas cerimónias que pecam por demasiado
folclóricas gostei da promessa feita pelo Sr. Presidente da Republica, em
Santarém, de condecorar, a titulo póstumo, Salgueiro Maia, com O Grande-Colar da Ordem do Infante D.
Henrique. Neste não é banalizar as comendas, que se devem atribuir ao mérito de
quem presta serviços relevantes à nação. Dos 42 anos do 25 de Abril,
bem gostava de poder dizer
melhor, mas sem mais retórica fico-me pela opinião de Inês Cardoso, e basta-me
para encerrar a jornada: “Cerca de 4,5 milhões de portugueses nasceram -
nascemos - depois da madrugada em que emergimos da noite e do silêncio. Mas
continuamos à espera de dias inteiros e limpos. Sem memórias vividas de um dia
25 longo e frenético. Mas, pior, nem sempre despertos para uma liberdade eternamente
incompleta. Enquanto mais de um quinto dos portugueses viver no limiar da
pobreza. O desemprego atingir 622 mil pessoas e milhares de outras mantiverem
vínculos laborais precários, desempenhando funções que não são devidamente
remuneradas. Enquanto as ruas estiverem habitadas por gente sem rosto, sem
abrigo e sem futuro. Ou o acesso à educação for diferenciado e limitado por
razões financeira”. O mais que se passou neste 25 de Abril de 2016 foi: cada um opinar e fazer crer aos fieis
seguidores que podem estar sossegados que lá os temos para zelar por nós….
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