Os dados são simples e os números fáceis
de compreender. Em 1974/75 a divida do país (com três guerras coloniais!) era
de 15% do PIB. Hoje, em 2016, é cerca de 200%. Embora os dados oficiais a
mantenham nos 125%, porque não fazem certas contas! (dados avançados por Vitor
Bento e Medina Carreira na TV 24/ 12 de Dezembro).
Com estes dados (e números) se conclui que
a bancarrota que nos atingiu perigosamente em 1892 era uma criança comparada
com a situação actual, como se pode demonstrar em gráfico grosseiro (sacado da
memória) baseado no apresentado por Vitor Bento.
E com estes números (reais), a utopia das
esquerdas e o malabarismo de Costa cai por terra, como uma maçã podre. O Estado
Social terá que ser repensado e por prioridades, e o Estado vai ter que ser
rapidamente reformado. Transformado num ninho de intriga de compadres
(corruptos) onde o prejuízo da decência é evidente, urge um caminho ético que
se imponha ao caciquismo perene, às patifarias das pessoas que não prestam que
o constituem.
Por muito que as esquerdas alardem, o
cidadão comum, com os meios online que hoje possui já não é comido por lorpa
como antes. E está informado (talvez de forma grotesca, mas está) sobre o
processo de ajustamento imposto pela Troika em 2011. Não foi por mero acaso que
PSD/CDS ganharam as eleições a 4 de Outubro, apenas removidos da governação por
manobras eticamente reprováveis. E politicamente inaceitáveis.
O colectivo português nunca aprendeu com a
História. Foi sempre dirigido, no Estado, por gente corrupta (com raras
excepções) e miserável. O caciquismo, para mal do Povo, perdurou. E de 2005 a
2011 deu cabo do país.
Se no ADN das esquerdas (ressalvem-se as
excepções) não estivesse incrustada a velha mania de “aldrabar a História”
(reescrever a História, dito de forma elegante), facilmente verificariam que há
mais de trinta anos, no vocabulário do dr. Soares apareceram as palavras
“austeridade” e “apertar o cinto”, mais de duas dezenas de vezes, enquanto
entrevistado nos vários jornais de então.
E o que mais assusta o cidadão sensato é
que as declarações dos presidenciáveis se não afastam do linguajar das
esquerdas: gastar aqui e ali …
Ao que parece, o Doutor Centeno admite já
que a saída do défice excessivo, não passa de uma miragem, quando há cerca de
dois meses isso era possível (a almofada financeira de 7.000 milhões já foi gasta, num mês!). E a conta do “banquete socialista” (expressão de
Pedro Sousa Carvalho) parece que está finalmente à vista. Pelos dados do IGCP, em
quatro anos o Governo de Costa prevê ter défices superiores ao previsto pelo
Governo anterior - 11 mil milhões.
As promessas eleitorais e os acordos das
esquerdas (a papelada) têm um preço e esse preço são 11 mil milhões de euros.
Quem os vai pagar? Não é difícil de saber. Os de sempre. O povo.
A imprensa internacional, à semelhança de
2011 (que considerava o país caloteiro lembrando a prosa de Eça no século XIX),
considera-o agora a Venezuela da Europa; o foguetório inicial das esquerdas
esfumou-se perante a realidade, as donas e as manas (do Bloco e dos Verdes)
andam sorumbáticas e os cavalheiros de “sorriso amarelo”!
Queiram ou não queiram, o fim deste
governo está próximo, não somos profetas (como Pacheco Pereira) para o
adivinhar, mas se Junho é cedo porque as presidenciais são neste mês (e nenhum
presidenciável arriscaria uma proeza politicamente estúpida), Outubro será o
mês onde o “governo” de Costa começará a apodrecer.
Com esta governação o que irá acontecer ao
país não é nada de bom. E esta deriva irá acabar mal. De loucura em loucura,
caminharemos para aquilo que a realidade nos impuser. Armando Palavras
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