sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Como uma maçã podre, o governo de Costa cairá por ele próprio

 
Os dados são simples e os números fáceis de compreender. Em 1974/75 a divida do país (com três guerras coloniais!) era de 15% do PIB. Hoje, em 2016, é cerca de 200%. Embora os dados oficiais a mantenham nos 125%, porque não fazem certas contas! (dados avançados por Vitor Bento e Medina Carreira na TV 24/ 12 de Dezembro).
Com estes dados (e números) se conclui que a bancarrota que nos atingiu perigosamente em 1892 era uma criança comparada com a situação actual, como se pode demonstrar em gráfico grosseiro (sacado da memória) baseado no apresentado por Vitor Bento.

E com estes números (reais), a utopia das esquerdas e o malabarismo de Costa cai por terra, como uma maçã podre. O Estado Social terá que ser repensado e por prioridades, e o Estado vai ter que ser rapidamente reformado. Transformado num ninho de intriga de compadres (corruptos) onde o prejuízo da decência é evidente, urge um caminho ético que se imponha ao caciquismo perene, às patifarias das pessoas que não prestam que o constituem.
Por muito que as esquerdas alardem, o cidadão comum, com os meios online que hoje possui já não é comido por lorpa como antes. E está informado (talvez de forma grotesca, mas está) sobre o processo de ajustamento imposto pela Troika em 2011. Não foi por mero acaso que PSD/CDS ganharam as eleições a 4 de Outubro, apenas removidos da governação por manobras eticamente reprováveis. E politicamente inaceitáveis.
O colectivo português nunca aprendeu com a História. Foi sempre dirigido, no Estado, por gente corrupta (com raras excepções) e miserável. O caciquismo, para mal do Povo, perdurou. E de 2005 a 2011 deu cabo do país.
Se no ADN das esquerdas (ressalvem-se as excepções) não estivesse incrustada a velha mania de “aldrabar a História” (reescrever a História, dito de forma elegante), facilmente verificariam que há mais de trinta anos, no vocabulário do dr. Soares apareceram as palavras “austeridade” e “apertar o cinto”, mais de duas dezenas de vezes, enquanto entrevistado nos vários jornais de então.
E o que mais assusta o cidadão sensato é que as declarações dos presidenciáveis se não afastam do linguajar das esquerdas: gastar aqui e ali …
Ao que parece, o Doutor Centeno admite já que a saída do défice excessivo, não passa de uma miragem, quando há cerca de dois meses isso era possível (a almofada financeira de 7.000 milhões já foi gasta, num mês!). E a conta do “banquete socialista” (expressão de Pedro Sousa Carvalho) parece que está finalmente à vista. Pelos dados do IGCP, em quatro anos o Governo de Costa prevê ter défices superiores ao previsto pelo Governo anterior - 11 mil milhões.
As promessas eleitorais e os acordos das esquerdas (a papelada) têm um preço e esse preço são 11 mil milhões de euros. Quem os vai pagar? Não é difícil de saber. Os de sempre. O povo.
A imprensa internacional, à semelhança de 2011 (que considerava o país caloteiro lembrando a prosa de Eça no século XIX), considera-o agora a Venezuela da Europa; o foguetório inicial das esquerdas esfumou-se perante a realidade, as donas e as manas (do Bloco e dos Verdes) andam sorumbáticas e os cavalheiros de “sorriso amarelo”!
Queiram ou não queiram, o fim deste governo está próximo, não somos profetas (como Pacheco Pereira) para o adivinhar, mas se Junho é cedo porque as presidenciais são neste mês (e nenhum presidenciável arriscaria uma proeza politicamente estúpida), Outubro será o mês onde o “governo” de Costa começará a apodrecer.
Com esta governação o que irá acontecer ao país não é nada de bom. E esta deriva irá acabar mal. De loucura em loucura, caminharemos para aquilo que a realidade nos impuser.    Armando Palavras

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