segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

As regras da Regra SANTA CLARA - Maria José Azevedo Santos

Virgílio Gomes
De presente de Natal envio a sugestão de um livro doce com muitos doces:


Título: As regras da Regra SANTA CLARA
Autores: Maria José Azevedo Santos
Editora: Imprensa da Universidade de Coimbra
ISBN: 978-989-26-1074-0

Tive a sorte de obter este livro no dia em que a autora recebia, por ele, um prémio na Academia Portuguesa da História. Apeteceu-me exclamar: finalmente! Vasculho com regularidade as atividades das Clarissas em Portugal pela magnífica herança doceira que delas recebemos, por isso a minha satisfação na publicação deste trabalho. Trata-se de um códice do século XVI cujo original se encontra na Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e agora é transcrito e comentado. Neste livro o estudo é delicadamente, e com muito rigor, escrito pela autora que situa a obra no seu tempo e encontra receituário das clarissas, noutras publicações.
O estudo vai desde a forma e materiais usados para a construção de um livro, formas da escrita e da sua circunstância e depois entra na análise direta d’ As Regras da Regra. Neste capítulo encontramos textos sobre os aspetos gerais, a clausura: noviças, freiras e serviçais, o valor da escrita e da leitura, a maneira de falar: sinais e vozes, e finalmente a alimentação dividida em jejum e abstinência, refeições comuns e festivas e doçaria Conventual de Santa Clara. Segue-se ainda um valioso texto à laia de conclusão para melhor entendimento global da obra.
A primeira página do Códice
Página com desenho de linguagem gestual
De seguida um texto precioso de Francisco Pato de Macedo sobre a valiosa iluminura do códice.
O livro termina com a transcrição em grafia moderna do códice e depois o códice em edição fac-similada, a cores. De referir ainda alguns desenhos atuais representando termos de linguagem gestual inserida no códice.
 De parabéns está Maria José Azevedo Santos por este extraordinário trabalho e nós tão satisfeitos por poder mos saber mais da Ordem que tantos, e tão bons, doces nos legaram.

© Virgílio Nogueiro Gomes

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