terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A avioneta e o Challenger


É vê-los acusarem a direita (como gostam de dizer, para não dizerem fascistas) de não ter cumprido os objectivos. Sabem bem que governam unicamente por ânsia de poder e não pelo bem geral. Por essa razão, terão que arranjar “bodes expiatórios”. E começaram cedo! Já vislumbram buracos aqui e ali (Novo Banco – como se essa gigantesca vigarice fosse da responsabilidade de Passos e Portas que, ao contrário da governação de Sócrates – BPN -, tentaram uma solução que não prejudicasse os contribuintes), já aldrabam sobre os cofres (afinal estavam vazios, dizem), sobre a economia (está estagnada, argumentam. Pudera! Se o país em Outubro perdeu 1700 milhões!) e sobre os possíveis “esqueletos nos armários” que hão-de aparecer, dizem à boca cheia nos seus comentários televisivos e nos escritos semanais. Mais, para desculparem as suas próprias asneiras, iniciaram já uma propaganda (como é apanágio deste tipo de esquerdas) sobre a enorme dificuldade de cumprir um défice inferior a 3%! Porque cargas de água, se a governação anterior lhes deixou a cama feita, com uma almofada financeira superior a um duodécimo para o mês de Dezembro?
Como de costume (para quem os não conhece), não vão de modas! Começaram por arquitectar uma grande entrevista com o chefe de governo, ontem no jornal público. Para seu azar (e com dias de governação), Costa teve de admitir que o país não tinha condições para aquilo que havia acordado com o Bloco e o PCP, sobre a sobretaxa! Que, segundo noticias frescas, caberá a cada português a módica quantia de 67 cêntimos!


Se o país não tem condições com eles, porque alardearam tanto que com os outros (os fascistas, perdão, os da direita) tinha? É claro que Costa não enganou a dona Catarina, a dona Marisa ou as manas Mortágua, que rezam pela mesma cartilha deste PS. Mas enganou muitos portugueses, tentou enganar o Presidente da República, e agora engana o PCP, principalmente Jerónimo que deu o mote para esta governação.
Sem dúvida que o dr. Costa e o seu “governo” receberam o país com um crescimento modesto (só quem não sabe somar ou subtrair quereria um país a crescer em quatro anos depois de uma bancarrota!), mas com contas externas positivas, com a criação modesta de emprego e, sobretudo (o mais importante), com a facilidade de obtenção de crédito nos mercados. Esta é a herança do governo de Passos e Portas. Não é grande, mas é, sem dúvida, de longe uma prenda que a direita (como gostam de dizer, para não dizerem fascistas) não teve em 2011.

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O que a direita teve em 2011 foi um programa de ajustamento mal negociado pelo partido socialista, que os portugueses tiveram de cumprir a ferro e fogo (e pagaram com língua de palmo) para não estarem na situação actual dos Gregos, porque o país havia entrado tecnicamente em bancarrota. Lembremo-nos que em Julho desse ano se os credores (a conhecida Troika) nos não tivessem emprestado 75 mil milhões, os funcionários públicos não teriam recebido os seus vencimentos. A direita ainda recebeu a economia em colapso, com a eminente falência do Estado, perda de soberania, sistema financeiro na ruína, desemprego a galope e uma divida insustentável.
Isto é o que nos diz a História. Comparar 2011 a 2015 é o mesmo que comparar uma avioneta a um Challenger! Em 2011 a direita recebeu uma avioneta (espatifada), em 2015 as esquerdas receberam um Challenger novo em folha, pronto a ir para o espaço.
Armando Palavras


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