Por muita educação que se tenha, há
alturas em que se deve “dar o nome aos bois”, como diz o povo.
Ao contrário dos rodriguinhos de alguns
comentadores, a atitude de Costa é desprezível. Atente-se, por exemplo a todo o
seu percurso de há um ano a esta parte. Usurpou o lugar de Seguro (é claro que
no campo da legitimidade o pôde fazer). Seguro saiu de cena com classe. Costa
foi apresentado por dois senadores do PS como o “salvador da pátria”, e o único
a poder “vencer Passos Coelho” (como diziam à época). O que se pretendia
portanto era derrotar o Primeiro-ministro (ainda em funções com toda a
legitimidade e a mais profunda consonância ética). Por seu lado, Costa
gabava-se de ser o melhor, apontando os vários exemplos. Rodeou-se da tralha
socrática e apresentou-se a eleições legislativas com um programa delineado
entre a esquerda do PS e a Social-democracia do mesmo.
Levado em braços, perdeu as eleições com
uma margem substancial (quando há uns meses as sondagens o davam como vencedor
com maioria absoluta!). Aliás, não só perdeu as eleições, como foi completamente
destroçado – derrotado! Não se demitiu, como a decência impunha. Vislumbrou a
fuga para a frente (“negociada” semanas antes, ou pelo menos apalavrada) e numa
golpada desprezível, com uma aritmética duvidosa (como diz Pulido Valente),
procura ser Primeiro-ministro sem ganhar eleições!
Por seu turno, os lambe-cus (como diz
Miguel Esteves Cardoso), tipo Larcão e Ana Catarina (que estando ao serviço de Seguro se mudaram para Costa quando este usurpou o lugar) vêm agora criticar indivíduos que
possuem uma visão correcta e acertada dos acontecimentos como Francisco de
Assis.
Vamos parar por aqui para não
ultrapassarmos os limites da decência.
Uma coisa é certa, o Presidente da República tem que indigitar como Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, como diz a tradição portuguesa e como o povo exige (sobre o costume dos países ricos da Europa e as opiniões de alguns “politicólogos” daremos argumentação futura). Outra coisa é certa, se os sociais-democratas socialistas não derrubarem Costa como manda a decência, o governo que surgir da queda de Passos Coelho e Paulo Portas no Parlamento vai levar o país a um segundo resgate, os sacrifícios de quatro anos esfumam-se, os portugueses comerão pedras e o PS descerá ao nível eleitoral do PC e do Bloco. Decidam.
Uma coisa é certa, o Presidente da República tem que indigitar como Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, como diz a tradição portuguesa e como o povo exige (sobre o costume dos países ricos da Europa e as opiniões de alguns “politicólogos” daremos argumentação futura). Outra coisa é certa, se os sociais-democratas socialistas não derrubarem Costa como manda a decência, o governo que surgir da queda de Passos Coelho e Paulo Portas no Parlamento vai levar o país a um segundo resgate, os sacrifícios de quatro anos esfumam-se, os portugueses comerão pedras e o PS descerá ao nível eleitoral do PC e do Bloco. Decidam.
Armando Palavras
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