segunda-feira, 29 de junho de 2015

Rainhas de Maracatu




Virgilio Gomes
Desta vez não vou escrever de comida nem de comeres. Escrevo sobre outro tipo de alimento bom para o espírito e a alma que é a festa e a cultura. Também precisamos destes alimentos!
Depois de participar no primeiro ensaio de maracatu percebi de imediato que a Rainha é a figura principal do desfile, a figura maior e uma posição que não se pode pretender mas que tem que se ganhar. Parece consensual que os maracatus têm origem nas representações ou manifestações das feitas dos Reis do Congo, Congos ou Congadas, e que a sua evolução de deva à sua apresentação durante o período carnavalesco. É, no entanto, concentrada na figura da Rainha, o elemento mais importante do desfile. Sendo que a Calunga representa, de facto, a sentido ou origem religiosa do cortejo, a Rainha é o símbolo do poder, a figura mais exuberante e com pontuação individual para a classificação final. Já João Nogueira, 1876-1947, no seu livro “Fortaleza Velha” escreveu sobre o maracatu: Formados só de homens vestidos de mulher, saias brancas e cabeções de renda, traziam o corpo e o rosto pintados de negro… Não dançavam. Andavam lentamente, pelas ruas … Acompanhados de reco-recos e de maracás cantavam:
Aruenda tenda cadê ioiô
A nossa rainha já se coroou

Relato de uma festa:

http://www.virgiliogomes.com/index.php/cronicas/695-rainhas-de-maracatu


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Uma ideia peregrina