Por: Costa Pereira
Domingos de Oiveira |
O nome do escultor
Domingos de Oliveira há muito que me é familiar, mas associá-lo a um
conterrâneo meu, demorou tempo que acontecesse. Quem nascido em terras de Basto
alguma vez por uma ou outra razão deixa o torrão natal em busca de conquistar o
que na terra ou região não se lhe ofereceu vislumbrar , sem nunca esquecer as
origens, no entanto, por gratidão, toma como sua a terra onde melhor se adaptou
e foi acolhido. Nisso se distingue dos seus similares o emigrante português que
no seu país ou fora dele encontrou espaço propício às suas ambições e ocupação
laboral.Como muitos outros, Domingos de Oliveira, escolheu Lisboa para se fixar
e fazer render as suas potencialidades artísticas e culturais. Antes porém
serviu Portugal como militar em Angola, onde o contacto com a guerra lhe deu do
mundo uma nova imagem escultural que vai pesar na formatação cultural e
intelectual do até então ignorado artista. Nos finais da década de setenta
trava conhecimento com Óscar Alves e é no seu atelier que vê despontar o gosto
pela arte, começando pelo trabalho em barro. Logo no inicio da década de
oitenta surge com a sua primeira exposição, em terras do Ribatejo (Santarém).
O
sucesso passa a fazer parte da sua carreira profissional e não demora vamos dar
com ele em Madrid aluno do famoso fundidor Jose Luiz Ponce. A porta do êxito
está aberta; monta o seu atelier e daí em diante as exposições sucedem-se e os
seus trabalhos em bronze, prata e ouro ganham fama e as encomendas não param de
chegar.
Homem
simples e generoso Domingos de Oliveira nasceu em São Pedro de Atei, concelho
de Mondim de Basto, distrito e diocese de Vila Real , a 26 de Setembro de 1950,
e em busca de outros horizontes emigrou para Lisboa em 1968, onde tirante o
tempo em que esteve em Angola como tropa, e as estadias temporárias com
exposições e estudo além fronteiras, Domingos de Oliveira é, como eu, um
alfacinha com alma de transmontano de Basto.
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