Poema de Natal de José Hermínio da Costa Machado, desejando aos leitores as Boas Festas e fazendo votos de um próspero Ano Novo.
O Menino e o sapatinho
Do Natal figuras são:
Uma, sinal de caminho,
Outra, fonte de ilusão.
Leia mais um poucochinho
A fim de tomar lição.
O Menino nasceu pobre
Para exemplo universal.
Quem o seu valor descobre
E o pratica por sinal,
Tenha pouco ou seja nobre,
Nunca mais procede igual.
Reza a lenda que o sapato
Recheou-se em recompensa
De ajudar, sem aparato,
A pobreza mais intensa.
Desde aí se tornou facto
Que o presépio não dispensa.
Que lho encham, pois então!
Não falta agora quem veja
No sapato a ambição
Da riqueza que sobeja
E pode mudar de mão.
Se o Menino aconselha
A gente a cuidar de ser,
O sapatinho espelha
Vontade de tudo ter.
Com uma história tão velha
Muito se pode aprender
Não se deixe o sapatinho
Levar por mérito falso
No mundo, qualquer caminho
Se pode fazer descalço.
E quem assim perceber
O berço da divindade
Sapatinho deve querer
Recheado de humildade
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