terça-feira, 8 de novembro de 2016

Thiro – um vinho raro do Douro de mirandelense»


JORGE LAGE
Foi o amigo Jorge Golias que me brindou com um vinho para mim desconhecido. Já tinha lido sobre um vinho raro que se produzia num ou noutro país da Europa Central, de colheita tardia e as uvas já com aspecto de «estragadas» produziam um vinho ímpar. Até que um dia, o Jorge, na sua generosidade, me coloca uma garrafa na mão e eu olho-a como algo de raro e precioso. Passei meses a olhar para ela e a tentar imaginar como seria aquele néctar? A passagem de 44 anos, desde que perdi o juízo, justificava a prova. Até tive sorte, que a minha mulher não se afeiçoou a ele e aos pouquinhos vou-me deliciando. O «Thyro» é um Douro/DOC branco, de «Colheita Tardia Branco 2011», em garrafa branca formato tipo bordalesa, de 37,5 cl. O rótulo é moderno, com um baixo teor alcoólico de «11,5% vol», produzido e engarrafado por João Teixeira Lopes, sob a orientação do enólogo, Jorge Sousa Pinto. Contém uma foto dos socalcos do Douro e outra da família Teixeira Lopes, com o Roger, a M.ª Teresa e os filhos, Manuel e João (este sócio gerente, - 962855116) (residentes na Casa do Alto 5370-553 Mirandela). Pela cor, este vinho excelente, assemelha-se ao «generoso branco velho» e ao moscatel de Favaios, com «aroma com frutos em calda (pêssego, damasco) ao lado de frutos secos, com uma sensação de volátil.» Na boca provoca uma sensação rara «untuoso e glicerinado», doce e agradável acidez. É um branco doce que deve ser servido a uma temperatura entre 7-9ºC, em momentos especiais, principalmente a terminar uma refeição ou uma merenda festiva e mais com doces. O Thyro (anagrama de Teresa y Roger) é produzido nas terras de Barrô, na Qta de Vilarinho, graças à relação afectiva de M.ª Teresa e dos dois filhos a este chão que lhes deixara carregado de memórias, Mário Vieira Cardoso. Mais informação pode ser obtido no facebook (onde não sei entrar): Tyro Wines. Pelas excelentes qualidades organolépticas e carinho na maturação e formação, sugiro uma prova, sendo o mais provável que se tornem admiradores e consumidores desta divinal raridade. A empresa disponibiliza, ainda, os seguintes: Douro Branco, Douro Rosê e Verde (branco de Resende).
Provérbios ou ditos:
      A cesta da apanha guarda o souto.
      Em Outubro, Novembro e Dezembro abre o teu celeiro e o teu mealheiro.
      À missa a Bornes, que está o padre no altar.
Jorge Lage –jorgelage@portugalmail.com – 24SET2016

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