sábado, 24 de setembro de 2016

O “pé de meia” da mana Mortágua


A mana Mortágua com aquela vozinha de cotovia alpendorada em ramo socialista de árvore frondosa, resolveu esvoaçar pelos campos trigueiros do país. E, qual Maria da Fonte, atirou-se em voo rasante ao rendimento dos “ricos”.
A drª Mariana (temos que a tratar por drª porque julgamos que é formada em economia), para ganhar protagonismo (aliás, é o que o Bloco pretende), desafiou o P.S. no Sábado passado. A srª drª quer saber o que é que o PS "pensa do sistema económico, do capitalismo financeirizado" para assim "pensar melhor as desigualdades".
Em relação a esse ponto pode a drª Mariana ficar descansada porque o PS de Costa não pensa nada. Apenas pensa no poder pelo poder. Mesmo não ganhando eleições exerce o cargo que exerce. E continua, com os dados a contradizê-lo, a afirmar que o país está no caminho certo, que o investimento está em alta, quando ainda ontem o FMI alertou para a possibilidade de um segundo resgate! E diz mais: que com o andar da carruagem, dificilmente se atingirá um défice inferior a 3%.
Mesmo sabendo disto, a dirigente bloquista que intervinha no debate sobre "as Esquerdas e a desigualdade", na Conferência Socialista 2016 que decorreu em Coimbra, no Convento de São Francisco, não foi de modas, e no calor do debate disse o que lhe ia na alma (se é que a tem):  "Temos de perder a vergonha de ir buscar a quem está a acumular dinheiro".
Uma coisa é ser-se formada em economia, outra bem diferente é ter um entendimento correcto da língua. O que é que a drª entende por “acumular”? Qualquer miúdo do quarto ano lhe explicará que é um verbo, cujo sinónimo é “juntar”.  Ou seja, “que se junta ao que já existia”.
Ora todos nós ao longo da vida acumulamos, mesmo aqueles que vivem com vencimentos miseráveis. Juntam um bocadinho mensalmente, e ao fim do ano adquirem aquilo que o vulgo trata como “pé de meia”.
Assim sendo, a drª terá que criar o tal imposto, não apenas para os “ricos”, mas para todos, onde ela se inclui, com o seu vencimento de deputada. Porque se apenas o cria para os “ricos” é uma verdadeira patetice. Porquê? Porque aqueles a quem a srª drª chama “ricos”, segundo os dados já publicados são cerca de 44 mil. Coisa irrisória. Para quem sabe a tabuada, sabe muito bem que isso não representa rigorosamente nada. Mas como a festa continua, com o país a afundar-se, que importa saber a tabuada ou ter algum domínio da língua materna?

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